Esta análise aprofundada examina a contribuição paradigmática de Paulo Fochi para a documentação pedagógica na educação infantil. Partindo da premissa central de que os processos de aprendizagem mais significativos ocorrem nos interstícios do cotidiano, a obra "Mini Histórias" propõe uma revolução conceitual que transcende técnicas de registro. Através de pesquisa bibliográfica crítica, demonstra-se como a abordagem fochiana: desloca o eixo documental de produtos para processos; reconhece a criança como produtora cultural; e transforma microeventos aparentemente insignificantes em ferramentas curatoriais. O estudo identifica ainda as tensões estruturais na implementação desta filosofia em redes públicas brasileiras, propondo caminhos para superação da dicotomia entre teoria acadêmica e realidade das unidades educacionais. Conclui-se que a documentação sensível se configura como prática política de resistência contra modelos avaliativos colonialistas, demandando reformulação nas políticas de formação docente e avaliação institucional.