O estudo objetivou analisar o perfil histórico-cognitivo de pessoas surdas, estudantes universitários, por
meio dos relatos vivenciados por eles, na escola, na família e na comunidade. A metodologia adotada foi
a pesquisa qualitativa do tipo analítica com cinco surdos, estudantes da universidade Federal do Pará e
da Universidade Federal do Oeste do Pará. A técnica utilizada foi o questionário semi-aberto, com o
apoio de intérpretes de Libras. Utilizou-se ainda o uso de mapa mental para desenvolver as análises das
sinalizações dos sujeitos. Os resultados apontaram para um perfil dos sujeitos surdos construídos por
meio de sentimentos (reações, relações, emoções negativas e positivas) e de formas de aprendizagem
que se voltaram para o orgulho do uso da Língua de sinais, como identificação de uma cultura surda que
percebe ao longo de suas experiências de vida familiar e escolar, que a Libras se manifesta como a
melhor opção para o processo de aprendizagem na escola e nas interações entre surdo-surdo e surdo-
ouvinte que conhece a língua de sinais. O contato com outros surdos e professores fluentes na Libras
proporcionou aquisição e aprimoramento da língua de sinas, apontada como sua língua de instrução
com aproximações do bilinguismo.