OS ESCRITOS PÚBLICOS FRONTEIRIÇOS:UM ESTUDO DA PAISAGEM DA FRONTEIRA OIAPOQUE-SAINT-GEORGES A LUZ DA ECOLINGUÍSTICA

v. 3 n. 6 (2022): Missangas: Estudos em Literatura e Linguística

Endereço:
Av. Kaikan, s/n - Kaikan
Teixeira de Freitas / BA
45.992-255
Site: https://www.revistas.uneb.br/index.php/missangas/index
Telefone: (73) 3263-8054
ISSN: 2763-5279
Editor Chefe: Celso Kallarrari
Início Publicação: 26/12/2022
Periodicidade: Semestral

OS ESCRITOS PÚBLICOS FRONTEIRIÇOS:UM ESTUDO DA PAISAGEM DA FRONTEIRA OIAPOQUE-SAINT-GEORGES A LUZ DA ECOLINGUÍSTICA

Ano: 2022 | Volume: 3 | Número: 6
Autores: J. L. S. Nascimento, K. C. N. Day
Autor Correspondente: J. L. S. Nascimento | jamille.luiza8254@gmail.com

Palavras-chave: Ecolinguística; Fronteira franco-brasileira; Política linguística.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este trabalho objetiva apresentar o mapeamento dos escritos públicos presentes no panorama franco-brasileiro como resultado da inves-tigação de como e se a paisagem linguística da fronteira expõe as estratégias político-linguísticas adotadas pelos falantes de Português e Francês em con-tato na região e como essas estratégias operam na modelagem da ecologia linguística. Além disso, o trabalho visa classificar e categorizar os escritos públicos de Oiapoque e elaborar um cenário dessas políticas in vitro e in vivo. As análises propostas são realizadas sob as perspectivas teórico-metodoló-gicas provenientes das discussões Ecolinguísticas de Haugen (1972), Couto (2002-2018), Albuquerque (2020), associadas às proposições sobre Política Linguística de Calvet (1996-2002), Savedra e Lagares (2012), Spolsky (2016), bem como sobre a constituição do meio ambiente enquanto espaço que reflete as dinâmicas linguísticas, com as abordagens sobre a Paisagem Linguística de Shohamy e Gorter (2009) que são fundamentais para o entendimento sobre os ecossistemas e suas espécies linguísticas. É um trabalho de cunho quanti-qualitativo e descritivo, efetivado a partir da coleta imagética dos usos da língua francesa no lócus da pesquisa. De modo geral, percebeu-se que a paisagem linguística é por si só uma das estratégias de interação comunicativa, ilustrando os usos cotidianos das línguas no ecossistema. Observou-se ainda que as placas tendem a ser o marco referencial dessas estratégias; é uma paisagem plurilinguística, concentrada, principalmente, na parte central da cidade e tende a ser oriunda de acordos pessoais, com finalidade informativa e com característica local, refletindo o bilinguismo endêmico da região.



Resumo Francês:

Cet article a pour but de présenter la cartographie des écrits publics présents dans le paysage franco-brésilien comme un résultat de l’investigation de comment et si le paysage linguistique de la frontière expose les stratégies politico-linguistiques qui sont adoptées par les locuteurs portugais et français en contact dans la région et comment ces stratégies opèrent dans le façonnement de l’écolo-gie linguistique. En outre, le travail vise à classer et à catégoriser les écrits publics de Oiapoque et à élaborer un scénario de ces politiques in vitro et in vivo. Les analyses proposées sont réalisées sous les perspectives théoriques-méthodologiques provenant des discussions écolinguistiques de Haugen (1972), Couto (2002-2018), Albuquerque (2020), associées aux propositions sur la politique linguistique de Calvet (1996-2002), Savedra et Lagares (2012), Spolsky (2016), ainsi que sur la constitution de l’en-vironnement comme espace reflétant les dynamiques linguistiques, avec les approches sur le paysage linguistique de Shohamy et Gorter (2009) qui sont fondamentales pour la compréhension des écosystèmes et de leurs espèces linguistiques. Il s’agit d’une étude quantitative-qualitative et descriptive basée sur la collecte d’images de la langue française dans le lieu de recherche. En général, on a remarqué que le paysage linguistique est en soi une des stratégies d’interaction communicative illustrant les utilisations quotidiennes des langues dans l’écosystème. On a également observé que les signes tendent à être le cadre référentiel de ces stratégies; il s’agit d’un paysage plurilingue, concentré principalement dans la partie centrale de la ville et qui tend à provenir d’accords personnels, avec des objectifs informatifs et des caractéristiques locales, reflétant le bilinguisme endémique de la région.