A presente pesquisa descreve um período de vivências em uma classe multisseriada localizada na Vila do Pesqueiro, município de Soure - arquipélago da Ilha do Marajó, no estado do Pará. A escola da região, então projetada para atender os filhos dos pescadores da região, por possuir forte característica típica foi adotada como lócus da pesquisa experimentando uma prática pedagógica diferenciada, enfatizando a educação do campo e ambiental atrelados à experimentação dos processos de resolução de problemas por meio da Modelagem Matemática como estratégia de ensino e aprendizagem nas atividades percebidas e desenvolvidas na arte da pesca, que é a principal prática dos nativos ribeirinhos desta região. Nesse local, a vida na pesca é persistente e iniciada em qualquer tempo, sem referência ou limite de idade e conduz de forma certeira o pai pescador a apontar dentre seus filhos o qual lhe sirva de gajeiro, denominado pelos amantes da pesca como um nobre ajudante do pescador, sedento por aprender e manipular esta arte, que o conduz a carregar no cesto, entrelaçado a muitos anzóis e outros apetrechos, um fazer empírico que não se acha em banco de escola e muito menos em enciclopédia de estudante.
