A partir da minha experiência como marionetista e do meu interesse pela marionete africana, faço uma reflexão sobre o corpo do manipulador “alojado” pela marionete, um corpo ao mesmo tempo “escondido” e “revelado”, sublimado, transfigurado por esta experiência de habitar a marionete, que faz com que ele cruze a fronteira entre o humano e o sobrehumano. Que lugar ocupa hoje o corpo do marionetista em relação ao corpo da marionete? Como o corpo do marionetista revela o corpo da marionete? Do ser-dois ao humano totêmico, o que a marionete faz com o nosso corpo, nós que a manipulamos e de cujo corpo ela às vezes se torna uma extensão?