Introdução: O Sinal da Irmã Maria José foi descrito por Hamilton Baileyem 1949, em homenagem à assistente cirúrgica do Dr. William Mayo. É um nódulo endurecido e de crescimento rápido, fissurado ou ulcerado e com aparecimento na região umbilical por via linfática, hematogênica ou contiguidade. O estômago e cólon no homem e ovários na mulher são os locais primários mais comuns. Objetivo: Apresentar um relato de caso sobre o sinal semiológico de Irmã Maria José e sua relação com neoplasias malignas. Relato de caso: Mulher de 71 anos, encaminhada pela Unidade Básica de Saúde (UBS) para procurar um cirurgião geral, com diagnóstico de “hérnia umbilical provavelmente encarcerada”. Apresentava tumoração ulcerada em cicatriz umbilical. Tomografia abdominal mostrou múltiplas formações expansivas com calcificações grosseiras, de limitesmal definidos em cavidade pélvica. Biópsia da lesão mostrou adenocarcinoma com padrão micropapilar erodindo a pele. O diagnóstico definitivo foi de câncer ovariano avançado, sendo optado apenas por tratamento clínico oncológico. Conclusão: O sinal da Irmã Maria José pode ser a primeira manifestação de uma neoplasia e seu reconhecimento é importante por parte do médico, para que se possa iniciar uma investigação diagnóstica e propor um tratamento adequado, muito embora caracterize um estádio avançado da neoplasia.
Introduction: The Sister Mary Joseph Sign was described by Hamilton Bailey in 1949, in honor of Dr. William Mayo's surgical assistant. It is a hardened and fast-growing nodule, fissured or ulcerated and appearing in the umbilical region via lymphatic, hematogenous or contiguous routes. The stomach and colon in men and ovaries in women are the most common primary sites. Objective:To present a case report on the semiological sign of Sister Maria José and its relationship with malignant neoplasms. Case report: A 71-year-old woman, referred by Basic Health Unit (UBS) to look for a general surgeon, diagnosed with “probably imprisoned umbilical hernia”. She had an ulcerated tumor on the umbilical scar. Abdominal tomography showed multiple expansive formations with gross calcifications, with ill-defined limits in the pelvic cavity. Biopsy of the lesion showed adenocarcinoma with a micropapillary pattern eroding the skin. The definitive diagnosis was advanced ovarian cancer, and only clinical cancer treatment was chosen. Conclusion: The sign of Sister Mary Joseph may be the first manifestation of a neoplasm and its recognition is important on the part of the doctor, so that a diagnostic investigation can be initiated and an appropriate treatment can be proposed, even though it characterizes an advanced stage of the neoplasm.