Corporativismo no Brasil: relações do integralismo com Getúlio Vargas e o Estado Novo

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ISSN: 2527-2640
Editor Chefe: Monize Melo da Silva Chaves
Início Publicação: 22/09/2017
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

Corporativismo no Brasil: relações do integralismo com Getúlio Vargas e o Estado Novo

Ano: 2023 | Volume: 7 | Número: 1
Autores: Gabriela Santi Pacheco
Autor Correspondente: Gabriela Santi Pacheco | gabriela.pacheco@uc.pt

Palavras-chave: Corporativismo, autoritarismo, integralismo, Estado Novo, Brasil

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O corporativismo foi um fenômeno mundial que assumiu diversas variantes nacionais e interpretações políticas. No caso do Brasil, para além do governo de Getúlio Vargas, outros grupos desenvolveram propostas corporativistas de Estado no período, como o movimento fascista que se estabeleceu no Brasil. A Ação Integralista Brasileira (AIB) possuía um discurso autoritário, nacionalista e corporativista. Durante a vigência do integralismo, o Brasil vivia um período de escalada autoritária também no Governo Federal. Dessa forma, além das dissonâncias entre as propostas integralistas e varguistas, houve momentos de colaboração, o que foi possível pelas convergências em relação a inimigos em comum e ao corporativismo presente em seus projetos de Estado. À vista disso, este artigo tem como objetivo analisar as relações estabelecidas entre eles, que resultaram no breve apoio de Plínio Salgado, líder integralista, a implementação do Estado Novo brasileiro. Tenciona-se observar como o corporativismo proposto na Constituição de 1937, que institucionalizou a ditadura de Vargas, contribuiu neste processo.



Resumo Inglês:

Corporatism was a worldwide phenomenon encompassing different national variants and political views. In Brazil, in addition to the government of Getúlio Vargas, other groups developed corporatist State proposals in the period, as the Brazilian fascist movement. The Brazilian Integralist Action (Ação Integralista Brasileira, AIB) employed an authoritarian, nationalist, and corporatist discourse. During the period when Brazilian Integralism was active, Brazil was also experiencing a period of authoritarian escalation in the Federal Government. Thus, in addition to the dissonance between the proposals presented by the integralists and Vargas, there were moments of collaboration, thanks to their shared enemies and the corporatist natures of their State projects. Given this, this article analyzes the relationships they established that resulted in a brief support of integralist leader Plínio Salgado to implement the Brazilian Estado Novo. It is intended to investigate how the corporatism proposed in the 1937 Constitution, which institutionalized the Vargas dictatorship, contributed to this process.