Síndrome de Burnout em profissionais da atenção primária à saúde durante a pandemia da COVID-19

Journal of Health & Biological Sciences

Endereço:
Rua Vereador Paulo Mamede, 130. Bairro: Cocó.
Fortaleza / CE
60.192-350
Site: http://201.20.109.36:2627/index.php/medicina/index
Telefone: (85) 3265-8109
ISSN: 23173076
Editor Chefe: Manoel Odorico de Moraes Filho
Início Publicação: 31/12/2012
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Síndrome de Burnout em profissionais da atenção primária à saúde durante a pandemia da COVID-19

Ano: 2025 | Volume: 13 | Número: 1
Autores: R. M. Alves, C. A. P. Carvalho, F. S. Carvalho
Autor Correspondente: F. S. Carvalho | fscarvalho@uesb.edu.br

Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde, Esgotamento Profissional, COVID-19

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivo: este estudo verificou a ocorrência de sinais e sintomas da síndrome de Burnout em profissionais de saúde durante a pandemia de COVID-19. Métodos: trata-se de um estudo descritivo e quantitativo, realizado com profissionais de saúde que atuaram na atenção primária à saúde durante a pandemia de COVID-19. Foi aplicado um questionário composto por duas etapas. Na primeira, foram identificadas as condições sociodemográficas e, na segunda, adotou-se a escala Oldenburg Burnout Inventory. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva. Resultados: participaram 53 profissionais, com média de idade de 32,8 anos, dos quais 86,8% eram mulheres e 56,6% tinham ensino superior. Em relação aos fatores preditores da síndrome de Burnout, 59,6% relataram a presença de respeito nas relações internas da instituição, e 64,7% acreditam ter a oportunidade de realizar um trabalho significativo. Diariamente, os profissionais apresentaram sintomas decorrentes da atividade laboral, sendo mais frequentes a dificuldade de memória e concentração (14,3%) e o estado de aceleração contínuo (8,7%). Além disso, 30,2% concordaram plenamente que precisavam de mais tempo para se recuperarem após o trabalho; no entanto, 32,1% consideraram o trabalho um desafio positivo. Aproximadamente, 87,0% foi acometida com exaustão, 83,0% com distanciamento e 75,0% com síndrome de Burnout. Conclusão: os profissionais de saúde deste estudo foram expostos ao risco de serem acometidos pela síndrome de Burnout. Nesse contexto, profissionais de saúde que atuam durante pandemias precisam de suporte nesse período, com a finalidade de prevenir a prevalência de doenças psicológicas e possibilitar maior capacidade de adaptação e resiliência.



Resumo Inglês:

Objective: this study verified the occurrence of signs and symptoms of Burnout Syndrome in health professionals during the COVID-19 pandemic. Methods: this is a descriptive and quantitative study carried out with health professionals who worked in primary health care during the COVID-19 pandemic. A questionnaire consisting of two stages was applied, the first identifying sociodemographic conditions and the second adopting the Oldenburg Burnout Inventory scale. The data was analyzed using descriptive statistics. Results: 53 professionals took part, with an average age of 32.8 years, 86.8% of whom were women and 56.6% had higher education. In relation to the predictors of burnout syndrome, 59.6% of the professionals reported the presence of respect in the institution's internal relations, and 64.7% believed they had the opportunity to do meaningful work. Daily, the professionals presented symptoms resulting from their work activity, the most frequent being difficulty with memory and concentration (14.3%) and a state of continuous acceleration (8.7%). In addition, 30.2% of professionals fully agree that they need more time to recover after work; however, 32.1% consider work to be a positive challenge. Approximately 87.0% of the sample was affected by exhaustion, 83.0% by detachment, and 75.0% by Burnout Syndrome. Conclusion: the health professionals in this study were exposed to the risk of being affected by Burnout syndrome. In this context, health professionals who work during pandemics need support during this period to prevent the prevalence of psychological illnesses and enable greater capacity for adaptation and resilience.