O estudo verificou a influência do desajuste vertical em próteses mandibulares implanto-retidas no torque de afrouxamento dos parafusos protéticos. Foram confeccionadas 10 próteses totais mandibulares implanto-suportadas e criados dois nÃveis de desajustes confeccionando, 20 modelos de gesso (n = 10): próteses com adaptação passiva (G1 - controle); e próteses com desajuste (G2). Para G1, as estruturas protéticas foram parafusadas diretamente aos análogos de pilares cônicos para próteses múltiplas. Para G2, os desajustes foram simulados utilizando anéis interpostos entre os cilindros da infra-estrutura e os análogos. O objetivo da interposição dos anéis foi obter desajuste médio de 250µm de desajuste no teste do parafuso único. Os análogos de todos os conjuntos montados foram incluÃdos em gesso utilizando delineador. Microscópio óptico comparador (120x) foi usado para quantificar os valores dos desajustes verticais no teste do parafuso único. As estruturas protéticas foram utilizadas para os dois nÃveis de desajustes. O torque de afrouxamento foi avaliado 24 horas após o torque inicial de aperto, utilizando torquÃmetro digital. Os resultados foram submetidos ao teste t de Student (α=0,05). Os valores médios de torque de afrouxamento foram: G1 = 6,99 (±1,03) e G2 = 5,65 (±1,18). G1 apresentou valor médio de torque de afrouxamento mais elevado, diferindo estatisticamente do G2 (p < 0,05). Os parafusos protéticos apresentaram-se mais suscetÃveis ao afrouxamento quando utilizados em próteses com desajuste vertical acima dos nÃveis considerados clinicamente aceitáveis.