A preocupação com os fundamentos normativos da crÃtica aparece pela primeira vez na história da Teoria CrÃtica com as considerações de Jürgen Habermas a respeito do pensamento social de seus antecessores, principalmente Adorno e Horkheimer. Axel Honneth, discÃpulo de Habermas e seu sucessor na cátedra do Instituto de Pesquisa Social de Frankfurt, empreende nova crÃtica aos fundamentos propostos por Habermas, a qual ataca os pontos centrais de sua teoria da ação comunicativa e o paradigma da intersubjetividade habermasiano baseado no entendimento e na teoria da linguagem, em favor de um paradigma que leve mais em conta o conflito e o reconhecimento identitário. Honneth então desenvolve uma teoria do reconhecimento que, ao salientar o caráter conflituoso de todo contexto social, busca clarificar a normatividade inerente à s relações sociais através de um conceito formal de eticidade, ou vida boa, que assegure o todo das condições intersubjetivas para a concretização do reconhecimento. Ainda, com sua teoria ele tenta rivalizar com outros pensadores que deram alguma ênfase ao conceito de reconhecimento, como Marx, Sorel e Sartre. Este artigo visa expor o modo como Honneth compreende esses critérios normativos a fim de aclarar a posição honnethiana nessa problemática acerca das questões do reconhecimento de identidades inserida no contexto atual da sociologia e filosofia polÃtica.