O presente trabalho expõe os primeiros resultados de uma pesquisa sociolinguÃstica a respeito da Educação Intercultural bilÃngue (EIB) na Argentina. O interesse final deste trabalho é identificar alguns elementos que permitem compreender o papel das lÃnguas nos processos sociais que envolvem a população indÃgena, pondo em evidencia as formas pelas quais os usos linguÃsticos participam na luta por recursos materiais e as representações sociais e ideologias linguÃsticas funcionais, em uma distribuição desigual desses recursos entre os grupos, colaborando para a manutenção de desigualdades sociais. Para tanto, se analisa o caso de uma população – que chamamos El Algarrobo – onde se formam docentes indÃgenas, os quais são incorporados paulatinamente nas escolas da região. Nesta incorporação, as instituições educativas, definem os papeis dos docentes indÃgenas, assim como o lugar das lÃnguas nessas mesmas instituições. Assim, este trabalho mostra que a gestão das lÃnguas está ligada a processos de luta social nos quais as lÃnguas têm um papel chave. A concepção de bilinguismo, as avaliações acerca das competências linguÃsticas dos estudantes e docentes indÃgenas, assim como as práticas linguÃsticas nas aulas, revelam a distância entre os significados que circulam nos discursos sociais a respeito da IEB na Argentina e o sentido que estes ganham nas práticas concretas em sala de aula.
Current paper presents the first outcome of an ongoing sociolinguistic research on bilingual intercultural education (EIB) in Argentina. The aim of this study is to identify some elements for an account of the role of language in the social process that involves native people by highlighting the manner in which language usage participate in the struggle for material resources and how social representations and linguistic ideologies are involved in the unequal distribution of resources among indigene groups and in the maintenance of social inequalities. The case of a population that called El Algarrobo has been analyzed. Native young people are trained as teachers and gradually incorporated in schools of the region. In such a process the educational institutions define the roles for native teachers and the place of languages. Results show that the management of languages is linked to the process of social struggle where languages have a key role. The conception of bilingualism, the assessments of native teachers with a competence of Spanish and classroom language practices evidence the distance between meanings in official discourses on EIB in Argentina and the meaning EIB has in day-to-day practice in the classroom and in the school.
El presente trabajo muestra los primeros resultados de una investigación sociolingüÃstica en curso sobre la de educación intercultural bilingüe (EIB) en Argentina. El interés final de este trabajo es identificar algunos elementos que permitan dar cuenta del rol de las lenguas en los procesos sociales que involucran a la población indÃgena, poniendo en evidencia las formas en que los usos lingüÃsticos participan en la lucha por recursos materiales asà como las representaciones sociales e ideologÃas lingüÃsticas que participan en la distribución desigual de dichos recursos entre grupos y al mantenimiento de desigualdades sociales. Para ello, se analiza el caso de una población – que llamamos El Algarrobo – en donde se forman docentes indÃgenas, los cuales son incorporados paulatinamente en las escuelas de la zona. En esta incorporación las instituciones educativas definen los roles de los docentes indÃgenas, asà como el lugar de las lenguas en las mismas. Según muestra este trabajo, esta gestión de las lenguas está ligada a procesos de lucha social en los cuales las lenguas tienen un rol clave. La concepción del bilingüismo, las evaluaciones sobre las competencias lingüÃsticas de estudiantes y docentes indÃgenas, y las prácticas lingüÃsticas en las aulas ponen en evidencia la distancia entre los significados que circulan en los discursos oficiales sobre la EIB en Argentina y el sentido que obtienen éstos en las prácticas concretas en las aulas.